Uma prática simples que pode salvar vidas- Saiba como o ato de lavar as mãos pode conter a infecção hospitalar
Manter as mãos e unhas sempre limpas é um cuidado simples, mas que garante a proteção contra várias doenças. Além de ser uma iniciativa capaz de evitar infecção hospitalar.
Para os profissionais da saúde, especialmente para quem atua em hospitais, a higienização das mãos deve se tornar um hábito diante as altas chances de contaminação por agentes nocivos à saúde.
Higienizar as mãos pode salvar vidas, quer saber por quê? Veja a seguir!
Lavar bem as mãos é o primeiro passo para conter a Infecção Hospitalar
As infecções relacionadas à assistência de saúde são causadas por bactérias, microrganismos e vírus que se alojam em superfícies, e se espalham pelo contato direto (com as mãos) ou indireto (pelo toque em objetos contaminados).
Nos serviços de saúde, principalmente em enfermarias e Unidade de Terapia Intensiva (UTI), existe o risco de acontecer a transmissão de um paciente para outro – entre os acompanhantes também -, caso medidas de proteção não sejam adotadas.
A taxa de infecção hospitalar no Brasil atinge cerca de 14% das internações. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), aproximadamente 234 milhões de pacientes são operados por ano em todo o mundo.
Deste total, um milhão morre em decorrência de infecções adquiridas no ambiente hospitalar e sete milhões apresentam complicações no pós-operatório.
Sendo assim, lavar corretamente as mãos é a maneira mais eficaz de prevenir e evitar a infecção hospitalar, incluindo outros tipos de doenças.
É extremamente necessário redobrar os cuidados para promover a segurança do paciente e dos profissionais que ali atuam.
A importância de higienizar as mãos corretamente
As mãos entram em contato com milhares de vidas bacterianas diariamente. Por esse motivo, acabam sendo os principais meios de transmissão de microrganismos.
O hábito de lavar as mãos após o contato direto ou indireto com pessoas, superfícies e objetos é mundialmente reconhecido por ser a medida básica essencial para a prevenção de infecções hospitalares.
Quando falamos em hospitais, clínicas e laboratórios, a necessidade em manter as mãos limpas aumenta e muito. Torna-se imprescindível higienizar ao entrar e sair do quarto do paciente, para não transferir a bactérias de uma atmosfera para outra.
Já em casos de higienização do paciente, é importante sempre lavar as mãos antes ou depois do contato.
Desse modo, a limpeza das mãos pode ser feita de maneira eficaz a partir do uso de água e sabão e ainda, o reforço do álcool em gel.
Segundo a OMS, a lavagem das mãos no âmbito hospitalar ocorre em cinco momentos:
1- Antes de contato com o paciente;
2- Antes da realização de procedimento asséptico;
3- Após o risco de exposição a fluidos corporais;
4- Após o contato com o paciente;
5- Após o contato a áreas próximas ao paciente.
As ameaças invisíveis podem estar no espaço físico também e para garantir uma desinfecção adequada, é necessário utilizar produtos de qualidade para realizar a desinfecção de ambientes.
Como higienizar as mãos corretamente?
Muita gente tem dúvida se o certo é lavar ou higienizar as mãos. Na verdade, o termo “lavagem das mãos” é substituído por “higienização” devido à maior abrangência deste procedimento.
A ação envolve tanto o uso de água e sabão quanto a aplicação de soluções em álcool em gel. Porém, não basta passar ou espalhar rapidamente o produto pelas mãos.
De modo simples, a higienização correta com água e sabão é feita da seguinte forma:
- Aplique uma quantidade razoável de sabonete líquido e ensaboe as mãos, friccionando-as entre si;
- Esfregue as mãos entre os dedos e sob as unhas;
- Enxágue bem e seque-as com papel absorvente ou toalha limpa.
Todo o procedimento dura cerca de 40 a 60 segundos.
O processo com soluções em álcool em gel funciona de seguinte maneira:
- Aplique uma quantidade suficiente de álcool em gel na palma da mão e friccione-as entre si;
- Esfregue-as entre os dedos e sob as unhas;
- Espere secar bem.
Essa ação é bem rápida também, com duração de 20 a 30 segundos.
Erros mais comuns que podem contribuir para a infecção hospitalar
Esquecer de retirar acessórios como anéis e pulseiras pode ser fatal para a higienização das mãos. Uma vez que há acúmulo de microrganismos sob esses objetos.
Outro ponto importante a ser citado é a quantidade adequada dos produtos de higiene das mãos. O ideal é usar de acordo com o tamanho da mão, de modo a cobrir a superfície da palma.
Grupos de risco
A infecção hospitalar ocorre porque o paciente está mais suscetível e com o organismo mais debilitado. Além disso, esses patógenos ficam mais resistentes nesses ambientes de tratamento de saúde.
No entanto, qualquer pessoa está sujeita a contrair doenças em ambientes hospitalares.
Por terem saúde mais frágil, pacientes de UTIs, transplantados, quem passou por uma cirurgia, portadores de deficiência crônica de imunidade como diabetes e doenças autoimunes, idosos, crianças e recém-nascidos, são mais propensos à infecção hospitalar.
Prevenção é o melhor caminho!
Você sabia que a maior parte das infecções hospitalares é provocada por microrganismos presentes no próprio paciente?
Esses microrganismos já vivem no corpo ou no meio ambiente, e em geral, se aproveitam quando o sistema de defesa do paciente está mais vulnerável.
Sendo assim, higienizar as mãos de maneira adequada garante a saúde e bem-estar de todos que frequentam hospitais, como visitantes, acompanhantes, equipe de saúde e é claro, os pacientes.
Como vimos anteriormente, as transmissões de doenças infecciosas podem acontecer através das mãos dos profissionais e dos materiais utilizados nos tratamento com os pacientes.
Por isso, uma das formas de prevenir qualquer tipo de contaminação em ambiente hospitalar é a conscientização.
É interessante profissionais da saúde ajudar pacientes, visitantes e interessados a obter informações sobre a higienização adequada das mãos para evitar a infecção hospitalar.
Uma prática tão simples tem o poder de garantir mais qualidade de vida para todos.